sábado, novembro 22, 2008

Epílogo


Manchado o rio sobre tons à suas margens
faz-se em luminúrias o alvorecer.. eis que me surge o
aproximar-se deste derradeiro dia....
não é simplesmente o chegar de mais um amanhecer;
nem o passar mero de horas quimeras no dia que me
segue em quanto pelo tempo passo...

Não são apenas o esvair-se de segundos
dentro aos silentes minutos que se deixam romper..
Não é o acaso de mais momentos na espera
de um findar... outro sim, o andar manso e calado, nos
passos que rumam em direção ao infante distante do
meu pensar...
Não será na verdade o notório brilhar fugaz e
fútil de um náufrago dia... que navega em frete insano
na busca de um entardecer onde na escuridão da noite
deixasse-a afogar...

E ao seu ilusório caminhar, vejo-o seguindo
em direções diversas onde o sol lhe faz exaltar...
belo dia...areias claras cintilam me ofuscando as retinas...
infindo céus! que deixando-se cobrir ao azul celestial
onde o firmamento se resplandece...

Caminho rumo ao horizonte de minh’alma..
onde ao leste farei minha última oração...sigo em frente
deixando para traz o destino que já não sigo, e que
hora já não me persegue... deslumbro meus passos, nas
pegadas do tempo...

Ergo meus olhos para o horizonte.. onde elevo
meus pensamentos ao infinito... já tão próximo de mim...
em minha bagagem trago um grande amor...
uma imensa saudade da tua ausente presença...

Uma enorme tristeza na distancia que já não
estarei para alcançar... um bardo vazio na esperança
já finda...em meu coração já tão ferido as marcas do
pungir de tristes esperas...em minh’alma sangram gotas
que tingem de
rubro as areias pelas quais passo.. vou-me pelas veredas
de Deus!...

Sem temer o entardecer da minha existência...
sem mais tentar o reiniciar a todas as coisas pelas quais
dei minha vida.. sem temer um amanhã onde já não
haverei... sem compartilhar o amor ao qual me ofertei,
pois que me fiz única ...
não há de haver amor semelhante, nem outra alma para completar-lhe..

Como uma andarilha sigo o vento, no compasso
do tempo na musicalidade do silencio...
onde deixo ainda ficar um último verso deste amor
pairando no ar...ecoando por entre os cômoros... onde
algum dia o escutaras...

Sigo com meus passos ...passo a passo à
trilhar o indescritível epilogo do meu estar...nas dobras
das nuvens mesclados de rosa chá, em tons de púrpura
que matizam-me o semblante já tão cansado...

Eis que me surge o crepúsculo dentro ao findar
deste fardo dia...
Precipitam-se dos meus olhos lágrima de um
adeus ao todo que eu não vivera...a tudo que transformou-
se em nada...
Deixo percorrer meu olhar ao redor de mim
mesma já sem deixar pegadas nem sombras... do que
eu fora hora tão somente apagadas lembranças...

Já se põe o astro fogo em sua magnânima
exuberância e, ao desfalecer dos seus raios com ele
me deixarei finalmente partir, levando em minh’alma
um grande amor...
desde a imagem deste último crepúsculo...
ao epilogo do meu ocaso...

quarta-feira, novembro 19, 2008

Todas as coisas, na Terra, passam…
Os dias de dificuldades, passarão…
Passarão também os dias de amargura e solidão…
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar…
Um dia passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.

Dias de tristeza…
Dias de felicidade…
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas.

Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará…


e tomara que passe mesmo (y) dia odioso, horrivel, podre, e tdo de ruim. mas tenho certeza, vai passar...

segunda-feira, novembro 17, 2008

O que é um amigo?


É uma pessoa com quem nos atrevemos a ser o que somos verdadeiramente. Nossa alma pode se mostrar sem máscaras a ele. Um amigo é aquele que nos pede que nada ornemos, não simulemos e sejamos simplesmente o que somos. Ele não nos deseja nem melhor nem pior do que somos. Sentimos diante dele o que deve sentir o prisioneiro que acaba de ser reconhecido inocente. É desnecessário, com ele, estar precavido. Podemos dizer tudo quanto pensamos, exprimir todos os nossos sentimentos. Nada o surpreende, nada o ofende, enquanto formos o que na verdade somos. Um amigo compreende as contradições de nossa natureza, que fazem com que os outros não julguem mal. Com ele, respiramos livremente. Podemos nos pôr à vontade, retirar nosso casaco e desabotoar o colarinho, confessar nossas pequeninas vaidades, nossas invejas, nossos ódios, e nossos ímpetos de má intenção, nossa mesquinharia e nossas práticas absurdas. A medida que nos abrimos com ele, tudo isso se perde, se funde no oceano puro da lealdade. (Frank Crane)


ok, obrigada pra quem lê isso aqi, você está fazendo com que eu me sinta bem.

beijos pra todos, bom finzinho de dia/inicio de noite :*

domingo, outubro 12, 2008

Grandes Esperanças...



além do horizonte do lugar onde vivemos quando crianças
em um mundo de imãs e milagres
nossos pensamentos emanavam constantes e sem fronteiras
o soar do sino da divisão começou
ao longo da grande estrada e seguindo pela calçada
eles ainda se encontram com a corte
havia um bando de maltrapilhos que seguiam nossos passos
correndo antes que o tempo levasse nossos sonhos embora
deixando uma miríade de pequenas criaturas tentando nos amarrar ao chão
para uma vida consumida pela degeneração lenta
a grama era mais verde
as luzes eram mais brilhantes
com amigos por perto
as noites maravilhosas
olhando além das pontes de brasa resplandecendo atras de nós
para ver por um relance o quão verde era o outro lado
passos tomados adiante, mas soâmbulos voltamos
dragados pela força de uma maré interior
em alta altitude com bandeira desfraldada
alcançamos as alturas inebriantes daquele mundo de sonhos
enclausurado para sempre por desejo e ambição
existe uma fome não satisfeita
nossos olhos desgastados ainda fitam o horizonte
apesar de passarmos tantas vezes por essa estrada
a grama era mais verde
as luzes eram mais brilhantes
o gosto era mais doce
as noites eram maravilhosas
com amigos por perto
a brilhante bruma da manhã
a água correndo
o rio sem fim
PARA TODO O SEMPRE.

to começando aqui. Prazer, Ana Gilda :D