quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Digo e repito:

Quando morreres, morrerás sozinho. Do mesmo modo que nasceste só, assim terminarás.
Não haverá amigo, irmão, pai ou amante que tome seu lugar na hora da morte. E não haverá amigo, irmão, pai ou amante que vá perder tudo o que tu perderás com o fim da vida.
As experiências que passaram e as que ainda estão por vir são únicas, exclusivas, e têm um significado diverso para cada pessoa. Ao morrermos, nossas experiências cessam: as que passamos, caem no esquecimento; as que estão por vir, nunca virão. 
Porém, ao morrermos, outras vidas continuam.
Não haverão amigos, pais, irmãos ou amantes que parem e percam sua bagagem. Não haverá aquele que parará de viver ao mesmo tempo que você.
Não haverá vida que não continuará; mesmo manca e abatida, ela seguirá.
Somos seres passageiros. A vida, assim como o amor, também passa.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

10/02/2011

Estranho como, em pleno verão do hemisfério sul, os dias conseguem ser tão úmidos como são agora.
Posto que o sol insiste em queimar lá no alto, fazendo com que cada gotícula de água que exista sobre o solo evapore, percebi então:  a chuva, nada mais é do que o desejo desesperado de uma nuvem por tocar o chão. O desejo de voltar para seu lugar de origem, sua casa .Este, é tão grande e avassalador que, o sacrifício de tornar-se milhões de gotas parece um preço justo à pagar para realizá-lo.
Porque, uma vez que estiver em casa, cada uma das gotas encontrará em si mesma a força necessária para se reunir às demais e continuar o ciclo de vida.


"Chuva sucks", by Marco.