terça-feira, dezembro 14, 2010

14/12/2010

A cada dia me surpreendo mais com as voltas dessa vida.
A felicidade, o amor, a euforia de um recomeço, a utopia da vida perfeita.
Tudo pode estar ao teu lado, caminhando paralelamente ao teu destino, sem que você ao menos note.
Porém, com tranquilidade tu deves seguir - o tempo, o destino, o cosmos -, tudo se encarregará de transformar as paralelas em perpendiculares e, fazer com que, mais cedo ou mais tarde, tudo se alinhe e caminhe como num só passo.
Então, tu verás que se as paralelas houvessem se encontrado em tempos diferentes, os caminhos não seriam os mesmos, os passos não seriam mais como um só e, nada mais, seria tão perfeito com há de ser agora.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Consequência

Algo lhe encomodava. Alguma coisa a estava perturbando depois de ver pela última vez, mas nunca teve coragem de saber o que era.
Doía, machucava, tirava o ar. Fora o que restou. O sufoco, a falta.
Conforme passavam os dias, a vontade e a coragem chegavam mais e mais perto dela. Até que em frente ao espelho, detectou o seu câncer: uma espada.
Fora o que restou.
Afiada, cortante, prata a ponto de cegar.
Lhe trancava o ar, lhe trazia o sufoco, mas sabia que era o que lhe mantia viva.
E então, dolorosamente viveu, com a estaca brilhante em seu pescoço, seu fardo de todos os dias. Pra que não esquecesse que não há felicidade desvencilhada da dor.

quarta-feira, junho 16, 2010

Schedule

Sonhar. Acordar. Tentar lembrar. Sentimento de incapacidade. Recomeço. Levantar, calçar as pantufas e ir para a cozinha. Fazer o sangue circular. Trocar de roupa, escovar os dentes, comer. Sair. Frio, névoa, vazio. Chegar. Pessoas, barulho, calor humano. Sentar, ouvir, pensar.
 Sobre o que estive pensando mesmo? Cologarítmos, logaritmos, garitmos, ritmos. Ouvir, guardar, sair. Andar. Frio, névoa, vazio, mas com um calorzinho a mais. Chegar, pantufas, cozinha. Fazer o sangue circular. Deitar, esperar, assistir.
Ver, pensar. Pensar sobre o que mesmo? Você, você, você. Sonhar com você, deitar com você, por as pantufas com você. Circular com você, frio e névoa com você. Com você pra curar o vazio, pra preencher o pensamento.Teu calor humano, teu barulho, ser o teu 'você'.
Separar. Partir. Solidão, vazio, névoa. Tudo outra vez. Não ter mais teu calor humano, não ter mais teu barulho. Passar o tempo. Ler, deitar, dormir. Quem sabe sonhar. Sonhar com você. Porque mesmo longe, você deixou seus pedacinhos em mim. Sonhar, sonhar, sonhar. Deleitar-me noite a dentro com você.
Sonhar. Acordar. Tentar lembrar.

terça-feira, maio 11, 2010

Congelar dignamente.

Quem me dera o frio daqui fosse qual o da Europa. Neve, branquidão, frio e silêncio. Nada mais digno do que sentar em frente à janela, debaixo das cobertas, e observar aquele mundo branco que cai ao chão. Quem me dera o frio daqui fosse tão aconchegante assim.

By the way, feliz dia das mães à todas as mães num raio de 1000km, em especial à minha. E obrigada por serem criaturas tão essenciais.

sexta-feira, abril 30, 2010

Um post às amigas

Sentia muita falta de passar uma noite inteira comendo pizza, vendo tv e conversando com vocês. E ontem percebi o quanto é bom relembrar os velhos tempos, e sair da monotoneidade.
Amo vocês de mais, amigas, e acho que não viveria ser tê-las comigo.

Um beijo especial pro meu leãozinho (:
 Saudades.

terça-feira, abril 27, 2010

Incertezas e poemas: feitos um para o outro.

Casca.
É isso que parece estar sobre.
Agora, antes e estou certa de que mais tarde vai estar.
Todo o tempo tapando os buracos,
sempre segurando o ar;
deixando estar, sem ser.
Proteção, é o que dizem.
Mas, por que, Diabos, isso está aqui?
É tão confuso.
Sufocante, escuro, úmido.
Inocentemente, a vida insiste em crescer sob.
Mas crescer por quê?
Qual o propósito, se transparecer não lhe é permitido?
Queria somente ser o azul, ser o verde,
queria ser o que chamam caleidoscópico.
Imagem. Alguém sabe pra que isso importa?
Maturidade. Diria-me o que é?
Só mais uma vez,
eu suplico.
Deixa-me ser o azul, verde, ou caleidócopico.
Por favor,
apenas deixa-me ser.



Voltei ao blog, pelo menos por agora. Espero ter mais lampejos criativos frequentemente. Um beijo.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Terapia

Uns deitam, outros não conseguem parar quietos. Há os que lavam o rosto com água gelada, os que oram, lêem, pedem à Deus. Os que quando em desespero, stress, ou fadiga, simplesmente deixam acontecer.
Uns choram, outros comem. Uns riem descontroladamente, e outros mal conseguem olhar para os demais.
Há tipos e tipos. O meu tipo? bem, eu sou do tipo...



... do tipo que desenha.


Fonte: Deviantart.com

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Procurado

Por vezes me pego inutilmente tentando expressar meus sentimentos no papel, e então chego à uma conclusão: o dom da palavra escapoliu de minhas mãos.
Como nas lendas, um dom que não foi bem usado, foge forasteiramente de seu dono , em silêncio absoluto, sem avisar e nem dar pistas de para onde foi.
Onde estão as palavras que antes eram tudo que me restava? Onde está tudo que eu tenho pra falar? De que agora me servirá a boca se não posso mais me expressar?
Começo textos e mais textos com tanto amor que me embriago, e só consigo tentativas fracassadas de um bom relato.
Tenho saudade do tempo em que a oratória fluia naturalmente em mim. Quando eu me sentia parte de um enredo, parte de minhas ideias.
Quero isso de volta. Quero poder existir para mim mesma novamente.
Por isso leitor, se vir por aí um tal dom da palavra foragido, lembre-se por favor, que aqui existe uma alma muda, que espera por ele.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Pra ser sincera,

você já teve a sensação horrível de incapacidade?
Você já teve alguma pessoa te fazendo se sentir assim?
Acredito que eu já tenha falado sobre isso aqui no blog, mas os acontecimentos do meu cotidiano, me levam a querer falar disso novamente.
No momento, quase à ponto de me esvair em lágrimas, pondero tudo que me acontece.
As vezes, tudo que queremos fazer é dar tudo de nós mesmos para que algo dê certo, e mesmo assim somos chamados 'incapazes'. Essa situação acontece comigo agora. Mais uma vez dentre incontáveis.
Nunca tive uma das melhores auto-estimas do mundo, e acredito que esse seja mais um ponto à favor das pessoas que querem me ver para baixo.
Sempre tive a infelicidade de não ser compreendida, e nem sempre ter minhas sugestões e atos (por mais que sejam bons) aceitos. Mas dessa vez, o ambiente é diferente e as circunstâncias também. É um ambiente profissional, onde eu tenho muito mais que lágrimas em jogo.
Nunca pensei que aconteceria comigo, mas parece que mesmo depois de todo o estudo que eu tive, e a dedicação à este, estão sendo inúteis, porque cada vez mais eu estou desnorteada.

Acredito que nada que eu esteja escrevendo faça sentido, e sinceramente, não vou revisar esse texto, como sempre faço com todos que posto aqui. Isso é sincero, é real. É um desabafo do fundo da minha alma, e, principalmente, da minha cabeça (que está à beira de um cataclisma).
Não quero respostas às minhas perguntas, às minhas dúvidas e sentimentos ruins. Só quero que estes parem. Acabem por aqui. Não sei se aguento por muito tempo ainda.



P.S.: à propósito, feliz ano novo aos que lêem.

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Bendito o que chega!

E cá estou eu, novamente, a falar do ano que chega.
Hoje as palavras não serão muito extensas, só quero pedir que tenhamos mais consciência de nossos atos, que saibamos amar e dar valor à quem merece. Quero também que dentro da gente possa crescer uma luz, que mesmo que pequena, ilumine a mente e o coração de cada um de nós.
Desejo que este ano seja maravilhoso, em todos os sentidos, e os únicos que podem fazer dele bom ou ruim somos nós. Bom 2010.