quinta-feira, junho 25, 2009

Tudo muda, o tempo todo, no mundo.

Incrível, que como a cada momento, cada milionésimo de segundo, cada vez que o ar entra ou sai de nossos pulmões, estamos diferentes. Mudados. Uma mudança pequena, ou grande, ou tanto faz... mas certamente nos tornamos diferentes, mais experientes.
O incrível, é o pensamento que muda totalmente a cada música que passa na rádio, a cada nova ideia que surge na mente, a cada vez que piscamos os olhos.
Os amigos mudam, e mudamos com eles. Os amigos trocam. Trocam roupas, olhares, trocam de amigos. Somos trocados e trocamos tão despercebidamente, que não há tempo para ressentir, tempo para sequer pedir desculpas ou dizer um adeus. A cada amigo que se vai, encostamos uma porta de nossas vidas. E a cada um que chega, abrimos nossas janelas pra que a luz possa entrar mais uma vez.
A mudança, ou renovação, é tão constante em nossas vidas, que não são mais percebidas com freqüência. É claro, que como sempre, haverão os que querem continuar inertes a todo tipo de renovação, mas que mesmo continuando inertes, tornam-se involuntariamente diferentes do resto.
Mudamos nossas roupas, nosso vocabulário, nossos hábitos, nossos gostos. Os amores mudam, as cores mudam, o céu muda. Mudam também as estações, os dias do ano, as fases da vida. Mudamos conosco as épocas, as modas... mudamos a música! Mudamos nossos conceitos, a ciência, o conhecimento. Podemos a qualquer dia mudar o que quisermos, a hora que quisermos. E também, tornarmos a nós mesmos, seres capazes de gerar a mudança boa. Mas podemos mudar qualquer coisa, ao não ser o nosso coração.
A tristeza vem, o amor vem, a alegria, e todas as emoções vem. Se encontram e se instalam aqui dentro. Ora uma governa, ora a outra. Mas elas não mudam, elas simplesmente passam. Nossas dúvidas essenciais nunca serão solucionadas, nossas respostas existenciais nunca chegarão. Não vai haver uma placa dizendo para virar à esquerda se quiser encontrar o céu, e nem um alarme soando quando sua hora chegar. Não há certeza. Só existe uma vida, e milhares chances de mudar. E se há alguma coisa imutável é você com suas escolhas. Essas serão eternas, mesmo que não durem para sempre. E sua vida é curta de mais pra não arriscar.

segunda-feira, junho 15, 2009

O mundo é dos céticos!

Depois de tantos anos (haha) e tantas experiências nessa minha vida dogmática, cheia de certezas que nem sempre são certas, pelo menos não para todos, eu percebi que o mundo realmente é dos céticos.
Estes é que são felizes! Nunca são pegos de surpresa. Sempre pensam nos dois lados da coisa. Enquanto nós, dogmáticos que somos, acreditamos em juras, promessas, em segredos que serão eternamente guardados, confidencias absolutas, e não sabemos que um dia seremos pêgos de surpresa.
Os céticos não sofrem com amor, porque amam não amando, não se entregam cem por cento;
eles não sofrem a dor de perder uma pessoa, porque percebem que ela pode simplesmente nunca ter pertencido à eles;
eles não se encomodam tanto, não se importam com pessimismo ou otimismo, sempre um dentro do outro. Eles sim é que tem uma felicidade.
Não há sofrimento! Por mal lhe pergunte, mas como haveria a perda, a falha, o roubo, se nada nunca esteve cem por cento certo? se sempre havia um outro lado a ser descoberto?
Queria poder esbanjar desse luxo, de não sofrer, de ser simplesmente inatingível, mas infelizmente, minha dogmática mente, me impede de mudar.
Mas então me pergunto: somos nós, reis das certezas, imutáveis seres, cem por cento infelizes e despreparados?! Eis o X da questão.

terça-feira, junho 09, 2009

Comunico:

Quando no frio das curtas tardes nubladas de inverno, me perco e me encontro procurando, lendo, escolhendo palavras, me questiono o porquê.
O porquê de escrever, o porquê de não saber porquê. Sabe, algumas coisas às vezes tem potencial o bastante para me fazer pensar em desistir, e nunca mais riscar sequer uma linha no papel. Mas aí, vejo sem ver, uma outra coisa, que brilha fraca e oprimida naquela imensa escuridão, que dá um grito surdo, mas que chega aos meus ouvidos, e num piscar de olhos me faz mudar de ideia: meu orgulho.
E lá está ele, ferido, mas vivo. Não pronto, mas disposto a recomeçar. Disposto como na primeira vez que escrevi, como na primeira palavra - ou melhor, o primeiro rabisco.
Já tentei pintar telas, assistir animes e ler mangás, desenhar (até que não sou tão ruim assim), tocar violão, ser hippie, ter um estilo definido, e tantas outras inumeráveis tentativas de me fantasiar, mas aí me pego compondo uma estrofe em mente, e percebo que não devo negar minha natureza: nasci para escrever!
E mesmo que não gostem, mesmo que achem o que eu exponho ridículo, sem fundamento, óbvio, ou qualquer coisa que seja, eu não me importo: Continuarei escrevendo, para a desgraça de todos.

sexta-feira, junho 05, 2009

05-06-09

"Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustoso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo salvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e ai. Aviso tambem que nao se deve temer seu relinchar: A gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez."

Clarice Lispector.

quinta-feira, junho 04, 2009

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amizade;
alegria, companheirismo... era isso que me faltava!

bom final de quinta-feira.

terça-feira, junho 02, 2009

02-06-2009

Tudo bem que um friozinho ia bem agora, só pra marca o início do inverno...
mas pqp! não era pra tanto! Vamos todos congelar, hehe :D


Tempo agora (15:04h.): seis graus, sensação térmica de três.