terça-feira, setembro 27, 2011

Filosofia: amor à sabedoria.

Certa feita, conversando com um amigo, cheguei à uma conclusão muito interessante sobre o modo que me sinto com relação à escrita.
Disse à ele: "Engraçado. O que eu escrevo está estritamente relacionado ao que leio. Veja meu blog: no início, lia Paulo Coelho e, assim como o Mago, tentava ser simples e mística ao mesmo tempo. Algum tempo depois, ao conhecer a poesia de Drummond e Manuel Bandeira, o amor e a melancolia igualmente tomaram conta desta página. Mais tarde, porém, encantada no realismo Machadiano e nas críticas de Goethe e Dostoiévski, posso notar um amadurecimento enorme e, até mesmo, um desdém pelos sentimentos... É como se vivesse de fases."
Meu amigo, curioso, pediu: "E agora, o que lê?". Eu respondi: "Leio Nietzsche."
Mais uma vez, ele pede: "E o que escreve?". Respondi, então: "Não escrevo."
E de certo modo, é isso que acontece. A literatura em si é um banho de inspiração... um mergulho profundo na própria mente, uma viagem. Mas a filosofia... ah, a filosofia! Esta  leva para caminhos tão novos e insanos, tão nunca imaginados, que a possibilidade de expôr em palavras o que se revela diante dos olhos é nula.
É como se fosse um passeio tão vivo e vibrante que se torna impossível parar um tempo e, sensatamente, descrevê-lo.