sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Queria que você estivesse aqui...


Então, então você acha
que consegue distinguir
O céu do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir
um campo verde
de um frio trilho de aço?
Um sorriso de um véu?
Você acha que consegue distinguir?
Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
Ar quente por uma brisa fria?
Conforto frio por mudança?
Você trocou
Uma pequena participação na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos,
Queria que você estivesse aqui...

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

posso mesmo confiar?

... dia estranho hoje, com horas de sol e calor, e horas de chuva e frio. Senti que esse dia podia estar parecendo comigo mesma. Que estou em horas quentes e de alegria extrema, como diria um amigo: esbajando felicidade. E que também posso estar em horas tristes e melancólicas, sem crer, e sem confiar nem em minha própria sombra.

Hoje, me peguei pensando sobre as pessoas que me cercam... aquelas que estão ligadas a mim muitas ou poucas horas por dia, mas que possuem grandes e valiosas informações da minha vida. Será mesmo que eu posso confiar nelas? Ou será que eu posso encaixá-los numa comunidade que eu vi no orkut esses tempos q dizia: são "tudo pilantra" ? Realmente eu não sei.

Mas sei que já passei pelas minhas nas mãos de supostos amigos, e que acho que já está mais do que na hora de abrir meus olhos para o que há em minha frente.

Sim, peço desculpa para os bons amigos, que talvez estejam lendo isso, e que sabem que são bons amigos e que não desconfiaria deles por nada. Mas eu só queria saber mesmo se posso confiar de verdade, em qualquer situação, e poder ter a certeza de que alguns de meus amigos não revelariam meus segredos nem sob tortura.

Acho que talvez eu esteja querendo achar agulha no palheiro, ou como queira, mas se alguém souber de um amigo fiel, sincero, honesto, e leal, por favor, contate-me.

Um Beijo.

Ana Gilda Vicenzi

ano novo, vida velha

... vida velha sim, com os mesmos amigos, mesmos sonhos, aspirações, desejos - com o mesmo amor - enfim, tudo igual. Mas uma chance de mudar tudo. Uma chance que a vida nos dá todo trinta e um de dezembro, uma chance única, que jamais será igual a outra. É essa talvez a chance, ou melhor, a 'brecha' que temos para melhorar a nossa vida pra frente. Pra alguns, recomeço. Pra mim, continuação.

Quero abraçar com todas as minhas forças essa chance que a vida está me dando, de refazer minhas idéias, minhas filosofias, de dar um novo rumo para minha vida, mas um rumo sem sair do lugar. Não quero mudanças, amo tudo como está e definitivamente iria odiar se tudo mudasse. Mas não me encomodo, aliás, agradeço por poder mudar, por estar mudando...

Sabe, eu quero ser alguém diferente. Alguém que ame mais do que ama, que viva mais do que eu vivo, que aprenda mais do que eu aprendo. Uma pessoa que se levante à cada queda, que se renove à cada dificuldade. Não, eu não sei ser assim. Quem sabe eu aprenda, ou então quem sabe tudo isso não passe de fase, de momento.

À cada dia que passa, eu tenho mais motivos para viver e ser melhor, sabe? Só de ver os olhos da pessoa que eu amo brilharem de felicidade, ou de ver os seus dentes quando sorri de alegria, meu coração se ench
e de esperança para um novo final.

Quero de volta alguns amigos que eu acho que deixei para trás. Quero senti-los comigo de novo. Quero mais razões pra viver, mais razões pra lutar. Não consigo parar, me acomodar. Eu necessito da peleja todos os dias, do coração batendo mais forte, mesmo que seja ao ver uma novela.

Quero uma nova chance de fazer feliz, e eu sinceramente espero a tê-la.

Ana Gilda Vicenzi