sexta-feira, agosto 21, 2009

o Baú do Raul.

Há vinte anos, e São Paulo, o Baú do Raul se fechava para sempre, guardando dentro de si coisas e lembranças de um homem que certamente não será esquecido jamais.
Raul Santos Seixas, ou melhor, Rauzito, foi um cantor de rock do Brasil, que marcou os
anos 70 e 80, mudando pra sempre o jeito de pensar de uma população.
O Maluco Beleza, como era chamado, viveu e morreu fazendo música, e sempre lutando pelo que quis, com muita simplicidade.
Raul Seixas, era muito mais do que somente mais um músico dos anos dourados, ele era também o criador do próprio mundo, e escritor de seu destino.
Sempre acreditou em Deus, e no amor da humanidade. Creia na Sociedade Alternativa, onde todos seriam felizes, sem preconceitos e com muito amor. Muitos podiam o chamar de louco, drogado, alucinado... mas ele nunca deu ouvidos à ninguém, ao não ser ao seu coração; e como ele dizia na música e podiamos ver claramente, Raul era a representação da Nossa Metamorfose constante.
Era um homem como poucos, que teve a chance, e fez a diferença!
Raul, hoje, mesmo vinte anos após a sua
morte, é lindo ver como você ainda faz a diferença nas nossas vidas. É muito bom ver que você ainda vive entre a gente.

VIVA A SOCIEDADE ALTERNATIVA!

sexta-feira, agosto 14, 2009

pensamento solto...

viver pode se resumir em ter todos os seus passos planejados e sempre no mesmo caminho,
mas viver de verdade, não se resume em nada além de aprender a dar esses passos.

terça-feira, agosto 11, 2009

?

Sentir, colocar o lápis no papel ao som da música que te faz pensar e colocar ali tudo que você quer, expor tudo que você pensa. Não é preciso estar profundamente inspirado, nem entender de ortografia e escrita... é preciso apenar querer. Querer botar pra fora tudo que você tem ai guardado pra si mesmo:
Onde está seu auto-estima, garota? Onde você o colocou? Escondeu ele onde nem você mesmo consegue achar, e sabe que nenhum esforço, por maior que seja, o trará de volta. Ele se perdeu, assim como você. Você não sabe o que quer de verdade, o que deseja. Não precisa mais de nada, está anestesiada. Nada importa agora; você só existe, e não quer que sua existência seja interrompida por nada. Você só quer hibernar em seus sonhos porque não aguenta o peso de ser o que é.
Você sempre quis carinho, e um pouco de reconhecimento, mas o que a vida te deu foi desmaselo e a horrível sensação se ser substituível. Você só queria nunca ter existido, mas sabe que se nunca existisse seria horrível. Você novamente não sabe o que quer, mas tem certeza de que só precisa de alguém, que você também não sabe quem é.

domingo, agosto 02, 2009

Para eternizar.

E à medida que o ponteiro dos segundos do seu velho relógio de pulso andava uma casa adiante, seu coração deixava, junto com o tempo que passava, mais um pedaço cair e sangrar. Era quase que instantâneo, e mesmo sem perceber, em pouco tempo o coração dela se resumia em nada mais que uma pedrinha de grafite amaçado e judiado, que foi notavelmente deteriorado com o tempo, mas que tinha vestígios de ter tido épocas felizes, rabiscando por aí e deixando gravada sua marca por onde passava.
Ela nem sempre fora triste assim, ela nem sempre escondera os belos dentes atrás da boca calada, e antigamente era raro que seus olhos verdes se deixassem encharchar por lágrimas de sofrimento.
Ela soubera viver. E vivera porque amava. Era uma apaixonada nata. Apaixonava-se pela vida à cada dia; a natureza era a mais divina obra de Deus, e para ela, os homens eram peças divinas que deviam ser respeitadas e amadas, porque só com amor é que poderíamos mudar as coisas.
Mas a vida, cilada habitual que todos nós vivemos, fez com que o amor dela por todas as coisas se concentrasse em um só corpo, amando uma só alma.
O que a vida não sabia, era que nem todas as pessoas eram como aquela mulher. A maioria das pessoas que a cercavam não se importavam em amar: amar para quê?
Até que um dia, o coração daquela mulher que amava foi atirado aos ventos e por muito tempo permaneceu lá, sangrando com as batidas do relógio da igreja, se perdendo a cada passo que era dado...
O que não se acreditava era que algum dia aquele coração de grafite, visivelmente descuidado, se recuperasse e continuasse a amar cada pequena coisa que visse, mas a vida, mais uma vez, ocilante e pregando peças, transformou aquele coraçãozinho machucado em um inquebrável coração de diamante.
Um coração de pedra? Nunca. Ele apenas acabava de virar o cofre que guardaria o maior e mais puro amor do mundo; que eternizaria aquele sentimento e o manteria guardado, pra quem sabe um dia, soltar por aí novamente.