terça-feira, março 01, 2011

Riqueza ou dinheiro? Pelo que buscas?

Numa civilização onde você é o que você tem, criar falsas expectativas e adorar falsos deuses da futilidade passa a ser um risco que se corre. Eis o que acontece hoje em dia: o dinheiro, grande facilitador da vida moderna, passa a ser visto como a solução para grande parte dos problemas que nos acometem.
A falsa visão que se tem sobre a riqueza, geralmente adotada pelas classes de baixa renda, acaba por ser um fator que ajuda a desbancar outros valores da sociedade.
As classes média e baixa, em busca de um padrão de vida melhor e de felicidade aparente, procuram enriquecer a qualquer custo. E, para eles, passar por cima de princípios primordiais da sociedade parece um preço bom à pagar.
Uma vez ricos, esses param de se preocupar com o real motivo da existência humana. Ganhar mais, e adquirir as tecnologias de ponta, passam a ser necessidades fundamentais. O trabalho sobrepõe-se ao lazer. As bolsas da moda imperam nas listas de presente de natal. Ao mesmo tempo, aquele ideal de vida perfeita, que se tinha no início, vai se esvaindo de suas vidas.
Enquanto isso, os ricos de longa data, desfilam com sua felicidade à mostra e, muitas vezes, nem a roupa da moda vestem.
Percebe-se então, que o segredo não está no dinheiro, muito menos no trabalho em excesso, ou na corrupção. Vê-se que o segredo da felicidade almejada é saber dar o devido valor à que realmente importa - independentemente da conta bancária.
Aquela máxima, portanto, que diz que o dinheiro não traz felicidade, merece ser corrigida: o dinheiro traz, sim, felicidade. Mas em contrapartida, a leva de volta se não souberes dar valor às coisas certas; se não enxergares o essencial que se faz invisível aos olhos.